Vasectomia: Quem pode fazer? Como é feita? Quais os cuidados?
No Brasil, houve alterações recentes na lei que regulamenta o planejamento familiar. Trazendo importantes mudanças:
- Homens e mulheres, com capacidade civil plena e maiores de 21 anos OU com mais de 2 filhos podem realizar a cirurgia esterilizadora (a vasectomia nos homens e a laqueadura tubária nas mulheres). Aqui é importante destacar: não é necessário ter mais de 21 anos e mais de 2 filhos – basta uma das condições (exemplo: qualquer homem a partir de 21 anos de idade, independentemente de ter filho ou não, tem o direito de realizar a vasectomia).
- Outro detalhe importante da lei: é obrigatório ser respeitado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e a cirurgia. Ou seja, entre o dia que o paciente procura o urologista desejando realizar a vasectomia, até a data da cirurgia, deve haver um prazo mínimo de 60 dias.
- E por último, não é necessário mais que a companheira ou esposa concorde com a cirurgia.
Agora, falando da parte médica do procedimento da vasectomia. O princípio do procedimento é simples: interromper a via que transporta os espermatozoides (as células reprodutoras masculinas), no caso, os ductos deferentes. O procedimento é considerado de baixa complexidade, com baixa taxa de complicações.
A recuperação da cirurgia tende a ser relativamente rápida, em poucos dias o paciente está apto a voltar à sua rotina habitual.
Entre as alterações normalmente esperadas após o procedimento, o mais comum é uma leve dor local nos testículos, além de discreto inchaço, que normalmente são bem tolerados com medidas simples, como o uso de analgésicos, suspensório escrotal e compressas geladas.
SMITH, Joseph A. et al. Hinman’s Atlas of Urologic Surgery. 4. ed. Philadelphia: Elsevier, 2018, p. 793.